terça-feira, 17 de maio de 2016

17-05-2015 e 23-06-1904 ... que houve de coincidência?




Recordam-se deste episódio do ano passado?

(...) 17 de Maio de 2015, o subcomissário Filipe Silva foi registado a agredir um adepto de futebol, que estava acompanhado de dois filhos mais o avô, no exterior do estádio do Vitória de Guimarães no dia em que o Benfica se sagrou campeão nacional 2014/2015. A PSP atacou de forma bárbara uma família de adeptos benfiquistas, após o jogo deste domingo, junto ao estádio do Vitória de Guimarães. Um homem foi espancado em frente aos dois filhos menores – crianças que ainda tiveram de ver o avô a ser também agredido. A situação começou quando uma das crianças se sentiu indisposta na multidão e a família terá tido dificuldades em retirá-la do local. Numa altura em que o menino já estava a beber água, o pai e um agente da PSP de Guimarães iniciaram discussão. Desconhece-se o que o homem terá dito, mas foi espancado pelo polícia, que nos movimentos ainda atinge a criança – o avô dos meninos foi em socorro e acabou também agredido. Mais polícias se aproximaram e o pai – que foi detido – levou mais bastonadas… 

E em 23 de Junho de 1904? O que aconteceu de semelhante?

102 anos depois, Filipe e  Anes, dois chefes de polícia, ficam marcados por agirem da mesma forma contra a população! 

Quem era e o que fez o Chefe da Polícia Anes contra os admiradores… dum vulto da literatura portuguesa, apenas porque o foram esperar à chegada do comboio, em S. Bento, no Porto?
E, tal como no caso mais recente, a imprensa fez o seu papel, relatando o acontecimento…
E de que maneira o descreveu!

Queres ler?





A Escola Portuguesa

(alguns versos)

Por Abílio de Guerra Junqueiro

Como querem que despontem
Os frutos na escola aldeã,
Se o nome do mestre é — Ontem
E o do discípulo — Amanhã!

Barbaridade irrisória,
Estúpido despotismo!
Meter uma palmatória
Nas mãos dum anacronismo!

A palmatória, o açoite,
A estupidez decretada!
A lei incumbindo a Noite
Da educação da Alvorada.

Gravai na vossa lembrança
E meditai com horror,
Que o homem sai da criança
Como o fruto sai da flor.

Da pequenina semente,
Que a escola régia destrói,
Pode fazer-se igualmente
Ou o assassino ou o herói. 


Aquele Abraço




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