quinta-feira, 31 de março de 2016

Feira do Livro - novo e usado


DIVULGAÇÃO

Assunto: 1.º sábado de cada mês - Livros na Reitoria


Estimados 

A partir de Abril vai haver mais uma razão para visitar o edifício da Reitoria da Universidade do Porto no primeiro sábado de cada mês

O pretexto é a Feira do Livro Novo e Usado.

Organizada pelos livreiros do Porto, a Feira passa assim a assumir um caráter mensal. De resto, mantém-se o formato que, desde 2010, convida toda a população a passar pelas arcadas da Reitoria à descoberta de livros para todos os gostos, idades e bolsos.

A próxima feira decorre já no próximo sábado, 2 Abril, dia em que dez livrarias da Baixa do Porto (Candelabro, Homem dos Livros, Imprensa Nacional Casa da Moeda, João Soares, Lumière, O Lugar do Livro, Paraíso do Livro, Poetria, Utopia e Varadero) vão mudar-se para as arcadas do edifício histórico da Universidade.

A decorrer entre as 10h00 e as 19h00, esta edição terá como tema o Porto e contará com a participação do historiador Germano Silva, das 15h00 às 17h00. 
A entrada é livre.

Cumprimentos
Maria Deolinda Cardoso
Chefe de Secção

Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S.A.
Direção Comercial e Marketing | Divisão de Lojas e Distribuição
Loja do Porto
Tel: (351) 22 339 58 20 | Fax: (351) 22 339 58 23
O Valor da Segurança



O LIVRO É O "MILAGRE DA TECNOLOGIA ETERNA"
(Umberto Eco)

Aquele Abraço

domingo, 27 de março de 2016

Dia do Teatro

Recordação da década de oitenta...

Era eu funcionário da UNICER, empresa de cervejas, em Leça do Balio. Trabalhava-se muito, naquele tempo. Percorri alguns departamentos e exerci diversas funções laborais, desde os "Armazéns Gerais" em atendimento universal para os requisitos de todas as secções, até à "Distribuição/Vendas", onde terminei como motorista de pesados. Andei por lá uns treze anos.
Como em tudo na Vida, houve para mim nesta empresa algumas coisas menos boas, mas o balanço - sempre com muito trabalho - foi positivo. Camaradagem, salário e (para mim) a componente instrutiva, inteirando-me quando tinha algum tempo, de qualquer evento que fosse realizado pelo Centro de Cultura e Desporto. Havia as cartas e bilhadaras mas, despertava-me nessa altura a "2ª Arte"concretamente o Teatro. Já havia experimentado a 1ª (cantei em criança no Coliseu do Porto para plateia a abarrotar). Todavia, fui-me apaixonar "descaradamente" pela 6ª e a hipótese de poder vir a representar caiu-me à nascença sem experiência alguma de relevo. Passei a ler e a declamar poesia, bem como outros tipos de literatura. 


O "fabrico" da cerveja é um "teatro aberto"

Recordo, então, pelos anos oitenta, da curiosidade que tinha pelo «TU» Grupo de TEATRO DA UNICER, e conhecia alguns funcionários que representavam. Soube por essa ocasião, que um colega (sabia quem era por pertencer à Comissão de Trabalhadores e ouvi-o a falar quando alinhei numa greve na tentativa de passar aos quadros da empresa) chamado José Vaz, do qual se dizia... escreve excelentemente peças de teatro para crianças e o «TU» anda a promover algumas.
Fui uma vez espreitar e fiquei fascinado pelo carinho e empenho que os funcionários "atores" punham nas suas representações, (estou a recordar o Cardoso a caçar borboletas e era um personagem hilariante) sabendo que iriam no futuro representar para plateias de crianças.
Passei a inteirar-me mais pela obra do José Vaz e neste dia lembrei-me daquela peça, que ainda não tinha partilhado convosco em anos anteriores, e aqui deixo o testemunho:











Algumas opiniões de José Vaz:








Aquele Abraço






sexta-feira, 25 de março de 2016

segunda-feira, 21 de março de 2016

domingo, 20 de março de 2016

terça-feira, 8 de março de 2016

Woman's Day

DIA DA MULHER

Então hoje é o vosso dia, mulheres?!
Deu-me para vir com o portátil até aqui ao café, tomar uma bijeca e aqui ao meu lado na mesa está o "Tony de Bouças", amigo e espero que também inspirador (e não só aspirador) para eu postar este tema "mulheres" deveras complexo. Digo-vos já, pela parte que me toca, que sou um admirador de algumas (santas e não) mas não vou misturar hoje, por uma questão de princípios, o religioso com o profano... Eu dou-te umas "dicas" diz o Tony. Ok. respondi, mas cuidado com o que escrevemos, que isto lê-se em todo o mundo e é preciso respeitar a privacidade e ter ética social.
Aqui ficam, pois, alguns pontos de vista sobre a mulher, deste ditoso mortal.

Epanáfora Poética (a outra visão)

Origem da Mulher

Vou deixar de parte a opinião do consagrado Charles Darwin e a sua controversa explicação sobre a Origem das Espécies. Prefiro, por ser mais original, a versão do mestre Vilhena, nas suas caricaturas e incríveis explicações sobre o nosso pai Adão para justificar a vossa origem.






(Diz o Tony de Bouças: também gosto desta versão muito original do mestre José Vilhena... 
ih  ih  ih... veio de encomenda... que prenda... não foi de costela nenhuma, pá!)

E o pecado?



Pois, a Nadina deu-lhe cá uma volta:



Maçã

Em ti, encontro
O prazer
De seres maçã
Que provo
Sem remorso.

Nadina Carvalho (Memórias de Uma Lua)

E a serpente lá ficou nas montanhas...

A serpente na Montanha

Um mar de montanhas
Ondulam numa tempestade.
Ela serpenteia livre,
Pensa que está só,
Que o Mundo é seu.
Mentira!
É breve ilusão!
O sol escalda,
O vento sopra...
Ele sim, é livre.
Ela já o foi.
Homens Brutos
Deixem-me em Paz!
Eu quero continuar
A serpentear...

Mara Rodrigues (31-05-2005)


Vês, pela escrita de ambos os sexos, a POESIA fala tão alto sobre Ti, mulher!

Ás vezes, sobre as mulheres, revolteia-se a túnica poética da própria imagem e lobriga-se o corpo, o corpo amado e desejado. O corpo a que fazer... o tal bem. Então, é forçado enumerar, segundo STENDHAL, as sete épocas do amor, de que ela é interprete:


- Admiração
- Que prazer, etc.
- Esperança
- O amor nasceu
- Primeira cristalização
- Aparece a dúvida
- Segunda cristalização

Beleza Eterna



(Vénus reconhecendo superioridade da beleza de Nise, a pura)

« Não te é, bem sei (lhe diz), não te é preciso;
Para atrair vontades à ternura
Basta-te um gesto, basta-te um sorriso.
Mas deves possuí-lo, ó ninfa pura,
Como troféu, que dê ao mundo aviso
De que Vénus te cede em formosura.»

M.M.B. du Bocage

(dica do Tony: Até imperadores e réis eram malucos por elas... olha o D. Dinis, era "lavrador" o tanas é que era... era mas é um "ganda-azeite"...)

E eu disse-lhe: Queres ler o que ele escreveu a uma amante?

« De um tal homem sei eu, ó bem talhada!
Que por vós tem a morte assinalada;
Vede quem é e então sereis lembrada:
de mim, senhora.

De um tal homem sei eu, a quem matais
quando da vossa vista o afastais!
Vede quem é e não vos esqueçais:
de mim, senhora.»

D. Dinis (Cantiga de Amor)




Mas, foram passando séculos, milénios, e a mulher por todo o mundo sentia-se... subestimada e destina a ser... a "escrava do homem", assim eles julgavam...

Reza a "lenda"que este, viu-a tão ocupada nos afazeres da lida doméstica e entendeu, na sua alta capacidade inventiva, dar-lhe de presente... uma sofisticada máquina para lavar a roupa. Assim, já tinha mais tempo para estar com ele, prostrada em deleite nos seus braços e voltar a amar.


(é lenda o caral... diz aqui ao meu lado o Tony de Bouças... é a pura realidade) ... e sempre a rir...)

E com isso - disse eu - veio a "Emancipação" da mulher.
As gerações foram se sucedendo e cá por Portugal chegou a altura de eu também dar a minha opinião sobre o assunto:

Emancipação

Vários são os factores a que se atribuem maior responsabilidade no Mundo e concretamente em Portugal, na emancipação da mulher moderna. O assumir dos filhos, a partir do século XIX, de uma maneira progressiva e generalizada pelas instituições de ensino, nomeadamente do Estado, implementando-se nas Escolas as cantinas a servir refeições, bem como os horários mais preenchidos com as diferentes disciplinas, nomeadamente desportivas. O aparecimento dos infantários, a procura de empregadas domésticas provenientes das regiões do interior, assim como a partir do século XX os métodos anticonceptivos, nomeadamente o uso regular da pílula para evitar a gravidez não desejada. Estas mudanças transformariam a atitude pessoal e social das mulheres, bem como o modo de vida familiar e as atitudes do casal, tendo consequências no próprio exercício do trabalho doméstico.
A mulher vivia praticamente ocupando-se nas lides domésticas, das compras e na criação e educação dos filhos. O homem era quem trabalhava e garantia os meios financeiros da família.



Todavia, foram os novos hábitos de organização da própria casa e de realização das tarefas domésticas, com a utilização dos modernos electrodomésticos, que libertaram decididamente a mulher, gerando a inevitável e justa emancipação.
A máquina de lavar roupa foi, quiçá, o elemento mais preponderante, retirando à mulher um trabalho deveras exausto e por vezes sobre-humano. Uma família com muitos elementos masculinos e só com uma ou duas mulheres, que se já trabalhassem no exterior, nem que fosse no ramo têxtil, fazia destas autenticas escravas de fim-de-semana.


Para um simples casal comum e a necessitar de melhores meios financeiros, os modernos electrodomésticos contribuíram para as alterações que permitiram à mulher a sua integração no mercado de trabalho até aí praticamente exercido pelos homens.



A liberdade da mulher

Já lá vai o tempo em que à noite, após o jantar e ao fim de semana depois de almoçar, o homem se despedia..."vou ver a bola, até logo!" ou "fica entretida a lavar no tanque que chego à hora do jantar!". 
Situações destas, nos tempos que correm, derrapam num inevitável divórcio.
Hoje em dia, a partilha das tarefas domésticas proporciona uma vida mais prática, mais bem preenchida e permitem menos diferenças entre as horas despendidas pelos homens e pelas mulheres, quer no trabalho profissional ou no trabalho doméstico. Sobra assim tempo para preencher em actividades de lazer, desportivas, culturais, religiosas, etc... e cuidar melhor da própria aparência. 



Entre outros importantes pormenores, a emancipação da mulher fez com que esta tivesse mais liberdade para se exprimir e requerer direitos iguais ao homem, saindo duma situação discriminatória da sociedade. A década de trinta do séc. XX foi duma importância primordial no que refere a liberdade para a mulher, pois por legitimidade democrática passou a ter direito ao voto. Um dos exemplos é todos os anos no dia 8 de Março, se comemorar o "Dia Internacional da Mulher".



(Tony estava pro balcão e chega com mais dois finos: deixa ver... heina pá, onde é que isso já vai... dá uma gargalhada e entorna alguma cerveja: ah. quer se dizer... ali é o "patrão" a afazer-se à empregada e depois ... despede-a. Aqui, ela foi pra "enfermeira" e vinga-se no cota... ih  ih  ih  o man teve azar de ir parar ao hospital... que "ganda treta"... e sempre a rir...)

Consequências inevitáveis

Há no entanto, mulheres que, não só se "realizam" como pretendem demonstrar que procuram libertar a sua vida pessoal de toda a dependência económica em relação aos maridos, separando-se ao mais pequeno desentendimento e requerendo perante os Tribunais a custódia dos filhos, acumulando obrigações profissionais e familiares sozinhas, com consequências drásticas para os dois, mas muito em especial para os filhos. O factor “stress” instala-se e todos sofrem, nomeadamente a nível psicológico, com repercussões negativas para o resto da Vida de todos os envolvidos.


A participação do sexo feminino nas actividades profissionais aumentou e em contrapartida foram milhares os homens que caíram, independentemente da crise, no desemprego.
Também existem famílias em que os dois membros do casal trabalham e são susceptíveis de trazer desentendimentos pelas diferenças que existem entre si, dependendo em parte do lugar de classe que cada um ocupa ou do tipo de recursos, monetário, social e até cultural.
Estudos de impacto social revelam que no caso de trabalhar só a mulher e ser a única fonte de rendimento familiar, o caso é mesmo complexo e neutraliza em grande parte as acções do elemento masculino, nomeadamente por força do complexo de superioridade a que estava acostumado ouvir dos ascendentes, perante a sociedade.

E. Rodrigues




E o homem teve que vos "Idolatrar"

«Se pudesses estar comigo durante as vinte e quatro horas do dia, observar cada gesto meu, dormir comigo, comer comigo, trabalhar comigo, tudo isto não poderia ter lugar. Quando me vejo afastado de ti, penso em ti constantemente e isso dá cor a tudo o que eu diga ou faça. Se soubesses o quão fiel te sou! Não apenas fisicamente, mas mentalmente, moralmente, espiritualmente. Aqui não há qualquer tentação para mim, absolutamente nenhuma. Estou imune a Nova Iorque, aos meus velhos amigos, ao passado, a tudo. Pela primeira vez na minha vida, estou completamente centrado em outro ser... Em ti. Sinto-me capaz de dar tudo, sem ter medo de ficar exaurido ou de me ver perdido. Quando ontem escrevi no meu artigo que «se eu nunca tivesse ido para a Europa...», não era a Europa que tinha em mente, mas sim tu.»

Henry Miller 

...também há "Desditosas" e "Heloísas"




Quando

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta.
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.”

Sophia de Mello Breyner Andresen (Dia do mar 1947)




A razão é outra... forma de ver a MULHER e ela ser vista!

Abelardo responde a "Heloísa":

Dizes que sou teu amigo
Mas não queres saber de mim!
Se não queres andar comigo
Não quero amigas assim.

(Olha Tony - esta agora que se segue é pra ti... tal como nós a falar, aqui no café)

(...) Falávamos dela, com alvoroço, da primeira vez que a vi (tal como veio ao mundo) como se o mundo tivesse sido criado naquele dia.
- E que tal, é boa? - perguntou-me.
- Ó pá, (i do not bilieve!) nem acredito! (it is possible?) Como é possivel?
Como é possível que uma simples gotícula expelida pelo pénis de um homem tenha produzido resultados tão satisfatórios e impressionantes! (...)

Henry Miller (Sexus)

(tcchiiiii pá, fogo! diz o Tony de Bouças... nunca tinha visto descrever assim uma mulher! exclamou... e mandou mais uma golada abaixo!)




Gostar da "beleza feminina" aprende-se desde pequenino, não é?!

Quando foi que demorei os olhos
sobre os seios
nascendo debaixo das blusas das raparigas
que vinham à tarde
brincar comigo?



Como nasci poeta
devia ter sido muito antes
que as mães se apercebessem disso,
e fizessem mais largas as blusas das suas meninas.
Quando, não sei ao certo.



Mas a história dos peitos, debaixo das blusas,
foi um grande mistério.
Tão grande que eu corria até ao cansaço.
E jogava pedradas a coisas impossíveis de tocar,
como sejam os pássaros quando passavam voando...

Manuel da Fonseca (Poemas da Infância / segundo)

Como falar de vocês ...ao mais alto nível?! 

Se eu fora a terra, que tu vais pisando
- de olhar no céu - a terra que nem vês...
Quando por sobre mim fosses andando...
Floria-te esses pés!




Fora eu o mar, aonde mãos e braços
E o corpo, nu, mergulhas vergonhosa,
Pudera eu ser então a onda amorosa...
Vestia-te de abraços!

Antero de Quental (Primaveras Românticas)

(Tony: esse poema em cima tá demais, foge!... também concordo contigo: a Bo Derek era "muitaboamesmo". Que cartaz!)



  Woman

 (tradução da canção)

Mulher, eu quase não consigo expressar
Minhas emoções confusas em minha negligência
Afinal de contas, estou eternamente em dívida contigo.
E, mulher, eu tentarei expressar
Meus sentimentos interiores e gratidão
Por me mostrar o significado do sucesso.

Mulher, eu sei que tu compreendes
A criancinha dentro do homem
Por favor, lembra-te: minha vida está nas tuas mãos
E, mulher, mantém-me junto ao teu coração
Por mais que estejamos distantes, não estamos separados
Afinal de contas, está escrito nas estrelas.

Mulher, por favor deixa-me explicar
Eu nunca tive intenção de te causar tristeza ou dor
Então, deixa-me dizer-te de novo e de novo e de novo:

Eu te amo, sim, sim
Agora e eternamente.

John Lennon

(Gostos não se discutem... diz o Tony... e o John ... esse grande e malogrado John Lennon... gostava da "xinoca" e amou-a até o assassinarem, pá!... vai mais um fino?)

Nota final

Para "cantar a mulher" se calhar ninguém melhor que o John mas... "mulher a cantar" não sei de ninguém melhor (para mim o expoente máximo da canção na voz feminina) desde que me conheço a apreciar música. O "Tony de Bouças" já não se lembrava de ouvir esta senhora desde os tempos do "vinil" e também gostou bué. (clica e ouve com atenção esta maravilhosa voz):




E disse!

Aquele Abraço, flores e two kisses dos bloguistas



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quinta-feira, 3 de março de 2016

Passaram já tantos dias e... as mãos?

Ainda estão frias?




Comigo não resultou ter a mão na "pia",
pois continuava fria.
Eu sei, eu sei que a "pia" e o "mês"
são à escolha do freguês.
Então, ocorreu-me num dia
que o melhor era mudar de "pia".
Manter o "topónimo" e igualmente
uma "vasilha" mas, desta vez
que desse para qualquer mês.  


E a minha vontade... assim se fez! 


Aquele Abraço