sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Filosofia do Pardal

«Quem está na merda não canta!»

Até qualquer dia

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dia Mundial da Fotografia 2010

A paixão pela fotografia

Um dos meus passatempos e sempre interligado ao Pedestrianismo e à Natureza, é a fotografia.
Desde jovem que me fascino por fotografias. Gostava de ver belas fotos, em revistas e livros, nomeadamente de paisagens e animais e apaixonei-me mesmo por esta forma de arte.
O que não quer dizer, - nomeadamente por razões económicas - que igualmente me apaixonasse por máquinas fotográficas de alta gama.
A fotografia para mim, é simplesmente... aquele momento que vislumbro, que me diz algo, que me sensibiliza e pretendo guardar, para mais tarde recordar. Puro amadorismo.
Um grande mestre desta arte, o cubano Alberto Dias "Korda", ficou famoso ao imortalizar uma foto que tirou a Che Guevara que correu todo o mundo intitulada "Guerrillero Heroico".
Nuns breves segundos estava ali o seu primeiro grande momento.
Um dia, já grande profissional, explicava numa entrevista a razão do seu sucesso:

«Só se vê com o coração. O essencial é invisível aos olhos!»
Mesmo com grande máquina tirar uma fotografia não é apenas disparar e... pronto, já está.
Tem de haver sensibilidade e noção que se está a registar cada momento como único, singular. Para mim é também mais uma forma de me exprimir aos outros. Sempre que ofereço ou publico fotos, estas têm que traduzir alguma mensagem que as pessoas compreendam, que faça sentido a imagem que se observa.
Tinha já 17 anos quando comprei a minha primeira máquina fotográfica tradicional, de rolos de película. Foi numa loja comercial de electrodomésticos na Rua do Loureiro, no Porto, onde se arranjava com preço mais económico. Era uma "Halina-Vision Mini 28DF". Ainda ligava o flash manualmente, rodando um pequeno botão para On/Of e um perno para fazer avançar o rolo, igualmente manual. Avariou e já em 1995 comprei uma “Nikon Zoom AF500”. Este modelo foi já um pouco caro para mim, mas permitiu-me melhorar a técnica e já tinha zoom para aproximar a imagem. Comprava a película de rolo, que permitia reproduzir 24 fotos. Poucas de cada vez, que desse para vários momentos e quando levasse a revelar estivessem todas boas. Em 2004 entrei na era da câmara digital e comprei uma “Kodak EasyShare C340”. Tiro sempre em 2576 x 1932 pixels (5,0 MP) a sua resolução máxima para ter melhor qualidade. Comprei o cartão SD Card “Kingston” de 2GB que permite o armazenamento de mais de 100 fotos.

Tiro fotos das caminhadas que efectuo, a pessoas, paisagens, animais e até "macro". A "Macrofotografia" é a fotografia a pequenos seres, como insectos e outros objectos minúsculos, que passam despercebidos ao nosso olhar comum. Fotografa-se no seu tamanho natural ou aumenta-se um pouco o zoom para ligeira aproximação. Estas "Macrofotos" fizeram crescer ainda mais a minha sensibilidade para com a Natureza. Era tanta a biodiversidade que me passava despercebida e que agora procuro incessantemente para fotografar.
A origem da fotografia tradicional remonta ao sec. XIX. Era apenas a preto e branco. Durante mais de cem anos evoluiu para as actuais performances a cores e nos dias de hoje impera a fotografia digital. As máquinas de rolo já passaram à história e as câmaras digitais são já um produto de consumo cada vez mais acessível, substituindo positivamente as tradicionais, possibilitando variadas aplicações, como por exemplo passar as fotos por um cabo USB para o nosso computador, guarda-las e trabalha-las como melhor nos apetecer. As câmaras digitais foram inicialmente um pouco caras, mas a quantidade de fotos que se pode tirar, eliminar e repetir novamente, sem ter que gastar dinheiro a comprar e levar o rolo de 24 fotos a revelar, compensa indiscutivelmente. Têm também a vantagem prática de não ter que visualizar aquilo que pretendo tirar apenas pelo minúsculo visor. Trazem um painel LCD de cristal que permite pré-visualizar sem esforço e pode-se de imediato eliminar elementos da composição da imagem com deficiências, como desfocagem do objecto, apagar logo estas fotos e voltar a disparar antes de guardar na memória e ver em casa no computador.
Como estou sempre a aprender, a curiosidade levou-me a comprar o livro "500 sugestões, dicas e técnicas da fotografia digital" para ir aprofundando os conhecimentos da técnica fotográfica e quiçá, um dia já mais preparado vir a comprar uma câmara melhor.

A fotografia é também um meio de “Defesa do Ambiente”

A fotografia tem um papel muito importante na defesa do ambiente e da conservação da Natureza. Desde um emocionante disparo da câmara aos garranos ocultos entre a vegetação, com motivo para registar e divulgar com satisfação e regozijo, já uma espécie quiçá rara e encontrada morta, é caso para preocupação e alerta de consciências.
Para além do entusiasmo que transmite a quem está a fotografar, incentiva a criarmos a nossa própria colecção ou de grupo e a divulgar ao Mundo. Apodera-se uma cada vez mais forte sensibilidade ao Naturalista, que o faz apreciar e defender ainda com mais garra tudo o que fotografou e deseja vir a encontrar puro numa próxima visita.
Tenho colocado nas páginas da Internet muitas fotografias naturais que tiro, bem como algumas delas em montagens de temas que elaboro com programas de colagem e efeitos, para que as pessoas vejam e critiquem, mas sobretudo compreendam as mensagens que as mesmas transportam.
Estima-se que hoje em todo o Mundo, biliões de pessoas utilizem a câmara de fotografia em formato digital, agora também incorporada em telemóveis, nomeadamente para registar motivos profissionais, logísticos e na grande maioria como passatempo.
Já participei em alguns concursos de exposição fotográfica e fotos minhas já foram premiadas, inclusive em 1º lugar. A câmara fotográfica é um objecto que já não dispenso de levar nas minhas caminhadas pessoais ou eventos colectivos, pois permite registar belos momentos que posteriormente guardo e que por serem tantos se apagariam com o tempo da minha memória.
Quem quiser pode enviar-me fotos suas que terei muito gosto em publicá-las aqui neste meu e vosso blogue.

Aquele Abraço

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A nossa riqueza natural arde... assustadoramente!

Por todo o País a floresta arde, mas os incêndios na área do Parque Nacional Peneda Gerês já desbastaram imensos hectares e habitats importantes, como do Lobo Ibérico, concretamente na Serra Amarela, desde Vilarinho da Furna.

Mas agora a situação mais preocupante é o incêndio que lavra na região do Lindoso e que pode ameaçar a área de reserva da imponente Mata do Cabril.
Negligência ou crime? Perde-de imenso património natural, imensa biodiversidade e nunca se sabe a verdadeira causa e de quem é a culpa, para ser punido!
Porque é que nestas alturas não há mais vigilância? A Administração Interna, a direcção do Parque e as Autarquias locais não podem actuar mais eficazmente no terreno, com mais elementos de vigilância durante esta época do ano?
O caso está a ser dramático que até o Parque de Campismo do Vidoeiro ordenou a evacuação de meio milhar de campistas, vitimas de um incêndio que começou na Calcedónia e alastrava no sentido da Vila do Gerês, próximo ao seu rio. No concelho de Ponte da Barca, concretamente no Soajo, o Parque de Campismo da Travanca, às portas do PNPG, teve igualmente de ser encerrado, por falta de condições de segurança para os Campistas.
São notícias tristes e que me deixam tão triste!
Se forem por acção criminosa, punam essa gente com cadeia. Se é por desleixe e falta de civismo, apliquem pesadas multas a quem prevarica.
São de lamentar as vidas já perdidas de quem exaustivamente combatia as mortíferas chamas.
Os meus sinceros pêsames às famílias enlutadas. Portugal também perde voluntários heróicos!
Recordo-me que no ano de 2005, numa das minhas incursões a esta maravilhosa Serra, ao chegar emocionei-me, pelo simples facto de não haver incêndios. Eram lágrimas de alegria!
Na altura fiz uma breve crónica para a revista Acampar, que aqui vos deixo:

« Mais uma vez subi ao Gerês. Já lhe perdi a conta às vezes que aqui vim.
Ao passar Vilar da Veiga suspirei de alívio, pois os meus olhos embora humedecidos, não vislumbraram qualquer faúlha em lado algum. Tudo multicolor com o verde por fundo.
Baixinho, disse para comigo: Obrigado, meu DEUS!
O flagelo dos incêndios mergulha-me em pranto e provoca uma revolta inexplicável que só aquela profecia que oiço desde pequenino, negativamente me conforma: «Homem, em pó te hás-de tornar!»
Chego à Portela e estremeço com... tanta serenidade!
Nos dias como este com tanto sol e sem vento, as árvores à minha volta parecem estátuas vivas como nos momentos de Prece ou Oração.
Nem os salgueiros, nem os carvalhos ou os amieiros acenam, aqui nas margens do Rio Homem. Pequenas nuvens também pararam no Céu.
Veio-me à lembrança aquela canção que ouvi da Susana Félix:

«O rio e o Céu, as árvores e eu,
A serra desenhada e a vista deslumbrada,
A água a transparecer, um letreiro diz:
Quem tiver sede beba e seja feliz!»

Esta quietude consola e mergulha-me na Paz.
Adoro quando estou por aqui quase sozinho. Por largos minutos o Mundo é todo meu!
Agora uma ave acentua o silêncio das coisas. O rio desce com pouca água, sempre gelada e pura. Como me apetece gritar:
- Aqui é bom viver!!!

A ave continua com a sua melodia. É ela a dar o tom a esta tarde tão bela e calma.
Se as pessoas imitassem as árvores e os pássaros e parassem mergulhando os olhos nas belezas da Natureza e na infinidade do Céu!...
Com o avanço dos anos, vou tendo uma nova noção das coisas. Vejo a Natureza de um modo diferente. Há algo de novo que cresce em mim.
O canto dos pássaros, o som da água e das árvores tem outra voz.
As pessoas, os animais e até os pedregulhos e penedos da serra têm outra fala.
A tarde avança tão devagar. Como sou tão pequenino aqui nesta imensidão da Terra.
De olhos fechados, medito naquilo que tenho ou não aproveitado durante este ano para meu enriquecimento Social e Humano e vem à mente essa minha recente paixão chamada “Pedestrianismo”.
A caminho dos 45, não raras vezes eu tenho desabafado: gostei sempre de caminhar e tão tarde eu conheci este fantástico desporto!
Agora eu vejo como as Pessoas, as serras, os monumentos e os rios têm uma importância vital na minha Vida.
Como me ardiam as orelhas quando parecia escutar aquelas palavras do malogrado poeta Eugénio de Andrade:

As Mãos e os Frutos

"Passamos pelas coisas sem as ver,
Gastos, como animais envelhecidos:
Se alguém chama por nós,
Não respondemos!
Se alguém nos pede Amor,
Não estremecemos!
Como frutos de sombra sem sabor,
Vamos caindo ao chão, apodrecidos!"

Subitamente, acordo deste sonho.
Miro o relógio. As horas passam. Mais uma vez o Mundo me chama às obrigações Humanas e eu não consigo fugir.
Regresso outra vez à cidade mas, deixo nesta serra mais um pedaço do meu coração!»


p.s.

Se estás de Férias merecidas, a passear ou fazer caminhadas e em contacto directo com a Natureza, respeita as normas de segurança, não faças fogueiras e nem fumes na floresta. Respeita as gentes locais e não afugentes os animais ou recolhas plantas.

Ah! E não te esqueças de trazer contigo todo o lixo daquilo que utilizares, como as embalagens, garrafas, sacos plásticos, etc...

A Floresta é de todos e devemos pensar que quem vem a seguir também quer encontrar tudo limpo! Para além de zelarmos, evitamos aumentar a poluição e deflagração de incêndios, preservando o futuro das gerações do amanhã!

Por isso:

Não mates mais que o tempo!
Não leves mais que recordações!
Não tires mais que fotografias!
Não deixes mais que pegadas!

Aquele Abraço

domingo, 8 de agosto de 2010

Ornitologia - Post nº 3 / 2010 (A)



Olá

À conversa com amigos, foi-me solicitado que divulgasse neste blogue mais textos e fotos sobre o tema "Ornitologia"... da minha experiência enquanto criador, do que aprendi a criar aves de companhia (canários e exóticos) e conselhos que possa passar para os actuais e futuros criadores, etc...

Irei então, mais amiúde, aqui deixar alguns posts sobre o tema "Ornitologia", não que eu seja nenhum expert na matéria, mas sobretudo pelo Amor que sempre tive pelas aves, desde criança!
Em Janeiro divulguei e deixei alguma reportagem sobre o 58º Campeonato Mundial de Ornitologia, que se realizou em Leça da Palmeira-Matosinhos, e que podem recordar por estes links:

http://essescaminhosqueandei.blogspot.com/2010/01/gostas-de-ver-muitos-passarinhos-juntos.html21-01-2010

http://essescaminhosqueandei.blogspot.com/2010/01/58-campeonato-do-mundo-2010-resultados_30.html30-01-2010~

Aproveito para corrigir os resultados finais dos primeiros quatro países mais medalhados:

ITÁLIA=ouro:259+prata:162+bronze:132

BÉLGICA=ouro:161+prata:130+bronze:82

ESPANHA=ouro:122+prata:125+bronze:103

PORTUGAL=ouro:78+prata:78+bronze:68

Continua...

Ornitologia - Post nº 3 / 2010 (B)

ZooCultura=David Gomes=www.orniex.com

Hoje, neste terceiro post, e agora que acabei de receber o último nº da ZooCultura, revista linda, muito prática e técnica, cheia de fotos, variados temas e conselhos sobre a melhor forma de criar e zelar pelos animais de estimação, dedico em particular a esta marca e gama de produtos para animais, com UM BEM HAJA ao seu proprietário pelo que tem feito em prol (inclusivé empregando colaboradores no seu comércio) dos nossos animais, continuando a fabricar uma diversidade enorme de produtos EX, uma marca Portuguesa que vende em todo o Portugal e também exporta para uma parte do Mundo. Noutros tempos tive uma loja de animais e dava alguma relevância aos produtos EX.

Sempre que posso, compro alguns produtos EX e é com satisfação que recebo a revista "ZooCultura" desde o nº1 editado em 1986.

Então, deixo aqui um agradecimento ao Sr. David Gomes pelo envio das revistas (desculpe, tenho me esquecido de enviar códigos de barras) e desejando que a sua empresa prospere e possa manter ou empregar mais funcionários. Quem tiver animais de estimação deve comprar produtos EX e outras marcas portuguesas, como é obvio.

Aquele Abraço

Continua...

Ornitologia - Post nº 3 / 2010 (C)

Algumas palavras e... poesia!


(Revista ZooCultura)


Desejo a todos umas Boas Férias e peço que não abandonem os vossos animais, NUNCA!

Até breve!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Mondim de Basto (Protocolo)

BARRAGEM DE FRIDÃO

Exmo. Sr. Secretário de Estado
Ministério da Obras Públicas, Transporte e Comunicação
Dr. Paulo Campos

O Protocolo que hoje foi assinado, mais uma vez e, tal como todo este processo de construção da Barragem de Fridão, suscita-nos muitas interrogações.
É meu dever, enquanto presidente da Junta de Freguesia de Mondim de Basto e defensor dos direitos dos moradores desta freguesia e dos nossos mais importantes patrimónios culturais e ambientais, o rio Tâmega e Cabril, alertar e questionar quem de direito as nossas dúvidas.
É do meu entendimento que todo este processo está envolto em secretismo e, que a população afectada não tem acesso a toda a informação.(...)

Estas são mais razões e luta de Mondim de Basto, que vamos acompanhando...

Leia mais: http://artigosediscussao.blogspot.com/2010/07/mondim-de-basto-protocolo-de-promessas.html