terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Entroikado... com a poesia ali à mão!

Às vezes, para saber se "isto" está a mudar, oiço-os e vejo-os lá na assembleia, sentados no pedestal ou a discursar aquilo que, por mais que me esforce, cada vez me custa mais a entender.

Diz um:
- Era uma vez um bispo,
não sei mais do que isto.

A seguir diz outro:
- Era uma vez um rei
e aqui está o que eu sei.

E depois aquele:
Era uma vez
um cesto e uma canastra,
e pronto, já basta.


E de quem é a culpa por este país estar assim?!
Já sei, é "dele", do pardal.

«Só o pardal tem culpa. E todos os pássaros comem trigo!»




Até que a dada altura, escutei bem:
- Esta crise é uma guerra e cada cidadão deve ser um soldado a lutar para a vencer!
Nesta selva obscura, todos têm que sofrer, com culpa e sem culpa. 
E essa culpa - dizem e fazem! - não é de quem zurrapa, de quem semeia joio entre o puro trigo que é de todos.
A culpa é sempre da ave mais fraca, do pardal, que tem que ser mais sacrificado.
Todos lhe apontam tenebrosas armas e tentam abater o "flagelo" da passarada.
Mas, esquecem-se que os pardais não têm asas que lhes permita longas migrações. Cairiam logo ao inicio da caminhada. Se cá andam, cá nasceram e cá foram criados.
Todavia, estas frágeis aves não têm medo dos espantalhos, nem de fitas, e nem mesmo do fogo das espingardas. Lutam e procuram encontrar o seu alimento.
Por isso, não se chorem senhores poderosos e intitulados donos da herdade do povo: 
- O pardal sempre comeu trigo e nem por isso o grão faltou aos donos das grandes herdades.
Sem querer ferir alguém pessoalmente ou instituição, é isto que me ocorre dizer, que penso...
Bombardeado com a palavra "Entroikado" vieram à mente aqueles esquecidos poemas de outras guerras, de outros tempos, que já dizem ter comparações com a atualidade e mais concretamente com o futuro da Europa, com o futuro também de Portugal.

POESIA DE "ENTROIKADO"... compara:

Como "eles" quiseram, afinal que é que nós queremos?