quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

para 2016: AMOR




Amor

Em doirada manhã para sempre relembrada,
E em virgem descampado, um rútilo guerreiro,
Olhos postos nos meus, traçou igneo roteiro
E desenha um coração com a flamejante espada...

"Vai em busca do Amor, exclamou. - Escolhe a estrada,

Dá-lhe batalha e vence o terrível fronteiro". 
Eu era ingénuo e moço, era forte e fragueiro,
Quando parti, feliz, nas névoas da alvorada...

No ardor de pelejar, meses e anos, fremente,

A terra percorri... ao cabo, ingloriamente,
Regressei, do combate, esfarrapado e em áis...

Um "anjo" vi, por fim, sobre a cruz dos caminhos.

Trago rosas nas mãos e os pés cheios de espinhos;
E peço-te, ó Amor, que não me fujas mais!

António Carneiro



Aquele Abraço

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um "Verdadeiro PAI..."

NATAL - 365 dias por ANO !!!


Sr. Padre Baptista :

Para mim o que fica desta lição de grande humanidade que nos dá, é poder ver num firme alicerce em que a sua nobre caridade assenta, pedra a pedra, os símbolos da sua Obra que tem tanto de grandeza imaculada aos olhos de Deus e os benefícios grandiosos aos olhos dos seus pobres doentes, para quem com tanta devoção e Amor o senhor sacrificadamente trabalha e os guia 365 dias por ano, porque é um... «Verdadeiro Pai» ao serviço da Igreja de Deus!

Em nome dos que acreditam, muito obrigado e desejo-lhe saúde e paz!

Aquele Abraço

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A Todos desejo um Feliz Natal




NO PRESÉPIO

Naqueles dias, então,
- por decreto imperial -
saíu um senso geral
a toda a Tribo ou Nação.

César Augusto era o génio
de Roma - da Seythia à Illyria -
Era então também Cirenio
o presidente da Syria.

Longas estradas de além,
José, mais a noiva amada,
caminharam de jornada
para as terras de Bethlem.

José, o noivo real,
tivera seu berço ali.
Era o seu país natal.
Eram campos de David.

De regia ascendência nobre,
José, apesar de herdeiro,
era um simples carpinteiro,
sereno, tranquilo e pobre.

Sabia vestir os nus,
socorrer a fome crua,
e aos olhos da noiva, à lua,
mandar súplicas de luz.

Ora, eram vindos os dias,
segundo os signos dos Céus,
e as letras das Profecias:
- que nascia um Filho de Deus.

Mas este Filho Real
não foi dos Céus embalado,
não teve ouro nem brocado,
nem teve régio enxoval.

Não lhe mandou Deus enfeite
em uma salva dourada.
- Teve as pérolas do leite,
- e o orvalho da madrugada.

Não lhe cantaram cantigas
os sóis, para o adormecer.
- Teve o oiro das espigas
- e os rubís do amanhecer.

Não lhe ofertaram toalhas
princesa ou rainha loura.
- Por enxoval teve as palhas.
- Por berço uma manjedoura!

Não lhe fez festas o Eterno,
ao colo de uma Rainha.
- Só teve o bafo materno
da vaca, e da jumentinha!

E o Rei da Morte e da Dôr,
sem ter archeiros reais,
só leu cortejos de Amor
- nos olhos dos animais!

Gomes Leal / História de Jesus


Citação de Pe. Américo Monteiro de Aguiar:

«Todo o regresso a Nazaré é Progresso Social Cristão»

Aquele Abraço

domingo, 20 de dezembro de 2015

REFLEXÃO...

porque tu me ouviste!



O que dignifica o Homem no mundo vivo, não é a subordinação à Natureza, aos instintos, mas o esforço para superar aquela e estes, no culto dum ideal supremo de perfeição espiritual.
Viver não é vegetar, não é ser escravo desprezível das paixões e da animalidade, mas sentir, pensar e agir numa constante aspiração de Amor, Paixão, Verdade e Justiça!

Obrigado!

A. A. Mendes Correia 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

As desigualdades sociais... em poesia!

Do Mestre António Aleixo (voz do Povo)

Tu já viste a «poesia»
Que há numa casa sem ceia?
Nem azeite na candeia,
Nem luz, se morre a do dia?...

É triste que a gente veja
Tanta gente que não come:
O pão que a muitos sobeja
Matava bem essa fome.
                                                                                                         
A fome, a dor, a tristeza
São - por nossa infelicidade -
O preço porque a pobreza
Paga a sua honestidade.


 A fartura ao pé da fome
Raramente se dá bem:
Quase sempre quem tem come
À custa de quem não tem!

Esta camisa é velhinha...
Mas o que querem que faça?!
Há mais novas do que a minha,
Mas só compra quem tem massa!

O Povo do meu País
P'ra se esquecer que não come,
Vê a imprensa que diz
Que em Portugal não há fome!



Pobres, porque aumentam eles?
É fácil de compreender:
Para serem escravos daqueles
Que podem fugir de o ser.

Entre grandes e pequenos
Ficávamos quase iguais,
Dando a uns um pouco menos
E a outros um pouco mais.

Sei que há-de haver quem conheça,
Mas há muitos que ignoram
Que há quem não chore e padeça
Mais do que muitos que choram.



Prometem ao «Zé Povinho»
Liberdade, Lar e Pão...
Como se o mundo inteirinho
Não soubesse o que eles são!

E essa mascarada enorme
Que a política nos aldraba,
Dura enquanto o Povo dorme,
Quando ele acordar, acaba!

Se essa firme hipocrisia
Tombar do seu pedestal,
Vai nascer, dia após dia,
O Sol p'ra todos igual!


Será que há uma luz ao fundo do túnel?!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A Feira dos Passarinhos no Porto...

Vai mudar para as Fontainhas, a partir de 3 de Janeiro de 2016!


A Feira dos Passarinhos no Porto

( Ao Domingo de manhã )

ANIMAIS PARA TODOS OS GOSTOS


Todos os Domingos de manhã, outrora ao lado da estação de S. Bento, e nos dias de hoje até ao final de 2015, junto á Cordoaria, na cidade do Porto, realiza-se uma feira destinada à exposição pública e venda de animais, bem como de todos os alimentos e utensílios necessários para a sua sobrevivência e bem-estar.

Venha ver! Mesmo que não tencione comprar... só o espectáculo vale a pena!

Mais vale prevenir do que não remediar. Isto quer dizer que, antes de levar os seus filhos à Feira dos Animais que se realiza todos os Domingos no Porto, deve tomar a sensata precaução de combinar previamente se vão comprar algum animal. E, já agora, qual. Não se esqueça de que, lá pelo facto de você se contentar com um peixinho que nada num aquário sem dar muito que fazer à família, os seus filhos podem estar a imaginar que o ideal seria adquirir um cachorrinho brincalhão que se entretivesse a pôr a casa em polvorosa... È que, se não for devidamente prevenido, é natural que, no meio da confusão geral de vendedores que apregoam os seus bichos alto e bom som e de pessoas que por vezes se acotovelam para comprar um animal mais bonito pelo melhor preço, se deixe “comover” pelos apelos dos seus rebentos . E depois, desde o cachorrinho “tão fofinho” ao papagaio “tão cómico”, passando pelo hamster “tão querido” e pelo coelho “tão engraçado”... corre o risco de ver a sua casa transformada, de um dia para o outro, num autêntico Jardim Zoológico. Ainda por cima, os preços são verdadeiramente convidativos. E, como se não bastasse, vende-se tudo quanto é preciso para garantir a sobrevivência e o bem-estar do animal escolhido. Para os peixes, há aquários de todos os tamanhos e feitios com pedrinhas e algas de plástico para dar “um cheirinho” de fundo de mar. Ainda continuando nos aquários, seguem-se as tartarugas, com pedras e as palmeiras a compor o cenário. Mas o forte da feira são, sem dúvida, os pássaros. O cantar dos pássaros é o ruído de fundo que acompanha os transeuntes que se passeiam pelo espaço em que decorre a feira. Há muita gente que visita a feira, exclusivamente por ser amante das aves.
Há de tudo – desde os pássaros mais banais e baratos, como os periquitos, os mandarins e os bengalins até aos mais exóticos e dispendiosos como os papagaios e as araras. Mas, sem dúvida, a grande quantidade exposta de aves são os "tentilhões australianos" onde se destacam os Diamantes de Gould e Estrêla, mas maioritariamente os Canários, que alguns feirantes mais competentes e "mestres da arte" garantem ser bons reprodutores para os amantes da ornitologia ou a cantar na perfeição para quem gosta das melodias das aves.



Raridade e particularidades dos animais também se repercutem nos preços

Como explicam os vendedores, os preços dos pássaros variam conforme a sua apresentação, o seu talento para o canto e as “habilidades” que sabem fazer. Dos canários e dos já raros rouxinóis espera-se um – cantar harmonioso – mas aos papagaios exige-se bastante mais: deseja-se que aliem a capacidade de dizer palavras ao carácter manso que não habilita os candidatos a donos a levarem umas boas bicadas. No que diz respeito às aves, além de muitos outros pássaros com os mais diversos nomes, incluindo os híbridos ou travessos, ainda há a possibilidade de comprar pombas, rolas, patos e galinhas. Hoje está muito na moda de ter em casa um "psitacideo ou pequena ave de bico curvo" que foi criada à mão pelos criadores experientes e passeiam no ombro das pessoas a dizer já algumas palavras como - olá, porto, au au e miau, e até dão beijinhos a pedido.
Nada falta para as ditas aves: gaiolas dos mais variados formatos, materiais e tamanhos, resguardos em belos tecidos para proteção destas e poder ter na sala de estar, ninhos para todas as espécies e comida para todos os gostos. Com o canto dos pássaros, mistura-se na Primavera o dos grilos, numa estranha mas agradável sinfonia. A acompanhar os grilos, vem uma pequena gaiola de plástico que serve de casa a estes.
Embora em menor quantidade, há muitos outros animais nesta feira. Vendem-se hamsters, porquinhos da Índia, coelhos anões, cágados e cachorrinhos. Entre muitas coisas úteis, há livros que ensinam a tratar dos animais, vitaminas e fortificantes para todas as maleitas, coleiras para cães e gatos e recipientes para a água e comida. Adquirem-se as “anilhas fechadas” do ano, para identificação de idade das aves e as “anilhas abertas de cor” para diferenciar os sexos.
De um modo geral, existe convívio entre vendedores e compradores e fazem-se amizades! Não se deve deixar que acabem com este evento que a autarquia proporciona a todos, mas há regras para cumprir e que se devem acatar, para bem de todos.

Vá cedo para ter mais tempo de apreciar tudo

A feira começa bem cedo, pouco depois do nascer do dia e atinge o auge às 11h00 da manhã. A partir daí, vendedores e compradores vão batendo, pouco a pouco, em retirada. Até essa hora, a animação é garantida. Nas proximidades  também existem cafés e casas regionais onde se pode intercalar o passeio com um quente cimbalino ou outras especialidades comestíveis. Admirar e fotografar a Torre dos Clérigos é quase obrigatório.
Mesmo que não esteja interessado/a em comprar um animal, é bastante divertido passear no meio daquela multidão, entre o apregoar dos vendedores:«Canários, meninas, canários!»  e os olhares curiosos dos eventuais compradores, tirando fotos, trocando ideias e admirando tanta beleza. Tenho meia dúzia de canários e um gato e venho à feira sempre que posso. Comprar alimentos e outras necessidades é sempre na banca do feirante António Silva. Exponho os problemas que me surgem com eles e tenho ali uma voz amiga que me aconselha o remédio e as precauções que devo tomar com eles. 
Quem sabe se no próximo Domingo não é você uma das pessoas que observa com ar atento, todos estes animais? E pode ser que, para fazer a vontade aos seus filhos, até leve um deles para casa... uma ave, por exemplo? Quem sabe?

E não se esqueça:  “ OS ANIMAIS SÃO NOSSOS AMIGOS! “

Texto de Elsa de Barros – In DN Magazine

Compilado por Elísio Rodrigues

A História resumida e ilustrada da Feira, com opinião de António Silva 







Desejo a todos as maiores prosperidades no futuro espaço da feira, o emblemático e pitoresco Largo das Fontainhas, com vistas deslumbrantes para o majestoso Douro!


Aquele Abraço