quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

para 2016: AMOR




Amor

Em doirada manhã para sempre relembrada,
E em virgem descampado, um rútilo guerreiro,
Olhos postos nos meus, traçou igneo roteiro
E desenha um coração com a flamejante espada...

"Vai em busca do Amor, exclamou. - Escolhe a estrada,

Dá-lhe batalha e vence o terrível fronteiro". 
Eu era ingénuo e moço, era forte e fragueiro,
Quando parti, feliz, nas névoas da alvorada...

No ardor de pelejar, meses e anos, fremente,

A terra percorri... ao cabo, ingloriamente,
Regressei, do combate, esfarrapado e em áis...

Um "anjo" vi, por fim, sobre a cruz dos caminhos.

Trago rosas nas mãos e os pés cheios de espinhos;
E peço-te, ó Amor, que não me fujas mais!

António Carneiro



Aquele Abraço

Sem comentários:

Enviar um comentário