domingo, 23 de junho de 2013

S. João das Fontainhas - Porto



E a TODOS ofereço este manjerico, em tempo de crise,  com a quadra do costume.


Bom S. João para os orgulhosos "Tripeiros"!

E ainda estes dois manjericos com dedicatória especial para: Assoc.Human./Bombeiros de S. Mamede de Infesta e doentes por eles transportados.






Aquele Abraço

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Romance de Santo António... de Lisboa.


Romance para "Alfacinha" ... e não só!... ler, recordar, conhecer... o Santo Português!


Bom Santo António para a região que comemora!


segunda-feira, 10 de junho de 2013

É Dia de Portugal

Meu país tão belo, porque te fazem ... tão triste?!



***

Portugal, quem sou eu?







***

Era e ainda hoje é a vã loucura de governar, do poder?!


***

 Que país temos hoje ?!


***

PORTUGAL ... és nevoeiro!

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora! Ergue-te!
  

sábado, 1 de junho de 2013

Dia Internacional da Criança




Toada da Mãe para o Filho

Ó desgraça! Vai-te embora,
Que esta linda criancinha
Andou no meu ventre e agora
Trago-a nos braços. É minha!...

Do berço, segue-me os passos;
Onde eu vou, seus olhos vão...
E, quando a aperto nos braços,
Abraço o meu coração.

Quando o seu chora receio,
Embalo-a, faço que aceite
A alegria do meu seio
Na brancura do meu leite...

E, quando assim não descansa,
Que tristezas me consomem!
- Mas antes chore em criança,
Que depois, quando for homem...

Se ao dá-lo ao Mundo sofri
Tormentos, ânsias mortais,
Desgraça, vai-te daqui,
O que pretendes tu mais?!

Bate as asas, mas, ao voares,
Não me apagues esta estrela.
Se alguém daqui precisares,
- Aqui me tens, em vez dela.

Tocam às ave-marias.
Foi-se o sol. Não vem a lua.
Luzinha que me alumias,
Que sorte será a tua?...


Recolha Literária Popular


As Crianças pelas palavras dos Mestres Fernando Pessoa e José Régio

Quando as crianças brincam
E as oiço brincar,
Qualquer coisa em minh'alma
Começa a se alegrar.

E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.

Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração!

***

Se eu morrer muito novo, oiçam isto:
Nunca fui senão uma criança que brincava.
Fui gentio como o sol e a água,
De uma religião universal que só os homens não têm.
Fui feliz porque não pedi coisa nenhuma,
Nem procurei achar nada,
Nem achei que houvesse mais explicação
Que a palavra explicação não ter sentido nenhum!

(Alberto Caeiro - Excerto de "Poemas Inconjuntos")

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CONTO

Vai o menino só na estrada grande,
Grande e medonha entre os pinhais sombrios,
Entre uivos ruivos, roucos e bravios
Arranhando o silêncio que se expande...

A mãe dissera-lhe: - Ó menino, ande
Longe das selvas, dos fundões, dos rios...
E avós, irmãos, amigos, primos, tios:
- Menino, vá por onde a gente o mande!

Mas o menino foi desobediente.
E andou por vias ínvias ou sem gente,
Pela mão de enigmáticos destinos.

Saltar-lhe-ão lobos vis e cães de el-rei...
- Foi pondo o ouvido em terra que escutei
Lobos uivar e soluçar meninos.

José Régio - Biografia (1929)