FREGUESIA DE MONDIM DE BASTO
Poesia de Mondim de Basto
Aqui
Aqui,
nesta lonjura,
neste remanso do mundo,
nesta terra prometida,
neste quinchote de duros,
onde até a agricultura,
está dividida,
por muros...
Aqui,
neste lagar de medronhos,
onde se pisam os sonhos,
e se mede a morte aos cestos...
Aqui,
onde se comunga e come,
o sacrifício da fome,
num caldinho de labrestos...
Aqui,
a minha gente,
sabe da vida e da morte:
Vai esperando a sorte,
verticalmente!
Poema de Luís Jales de Oliveira
(Mondim de Outrora)
Barragem do Fridão
A Barragem de Fridão encontra-se projectada para ser construída no limite das freguesias de Fridão e Codeçoso, dos concelhos de Amarante e de Celorico de Basto, respectivamente, 6 km a montante da cidade de Amarante. Com a supressão da localização intermédia prevista inicialmente par o nível de Senhora da Graça (Mondim de Basto), prevê-se que a Barragem de Fridão possa atingir uma altura de 110 metros, que a morfologia do lugar comporta. Planeada para interceptar o leito do rio Tâmega e nele reter um volume de 210hm3 de água, a Barragem de Fridão, tanto pela sua dimensão como pela posição relativa face à cidade de Amarante, vem colocar em questão não só os impactes ecológicos imediatos resultantes da inundação que a albufeira originará nos concelhos de Basto, mas, sobretudo, os impactes directos potencialmente consequentes a jusante da respectiva construção. Assim será no que se relaciona com o desvio do leito do rio Olo, na parte final do seu traçado; a dificuldade em garantir-se a manutenção do caudal ecológico do próprio rio Tâmega em período normal de estiagem entre a Barragem de Fridão e a cidade de Amarante; a integridade e eficiência do sistema de captação, tratamento e abastecimento público de águas, partindo do rio Tâmega, em consequência da libertação das águas quimicamente alteradas depois de acumuladas na albufeira.
A transformação do Vale
Com a artificialização integral do rio Tâmega em sistema de «cascata», as águas serão travadas em toda a extensão das albufeiras das barragens do Torrão e de Fridão. Esse facto constituirá uma forma objectiva de retirar a vida ao vale do rio Tâmega, de promover a degradação da qualidade do ambiente, de fazer explodir a paisagem com o afogamento do rio e do vale em suas próprias águas. Dessa forma eventual, recursos endógenos únicos serão transformados num somatório de albufeiras articuladas entre si em cascata de águas mortas. O vale do rio Tâmega será definitivamente perdido para as albufeiras.
Podes saber mais aqui:
Podes saber mais aqui:
Sem comentários:
Enviar um comentário