segunda-feira, 1 de julho de 2013

Paixão pelos nossos rios - Ao Mondego



Ermos montes de mística rudeza,
Pedras do chão, cristalizados ais...
Outeiros ensombrados de pinhais,
No céu, ao longe, uma estrelinha acesa.

Que profundos silêncios outonais!
(Canta Camões, Frei Agostinho reza...)
Dormem nesta paisagem, que a tristeza,
Pintou com roxas tintas espectrais.

Ao fundo destes rústicos outeiros,
Campinas que esfumam, ao luar,
Verdes tons, nódoas brancas, nevoeiros...

Vê-se o rio Mondego a deslizar.
Lá vai, adormecido entre salgueiros,
Ser a onda mais branda que há no Mar.

Poema de Teixeira de Pascoaes

2 comentários:

  1. Jorge silva.
    Amigo e compaheiro Elisio Quem me dera ver o nosso rio leça na tua prespectiva, foram milhoes que vieram para a limpeza do nosso rio, e imflizmente esta tudo na mesma.
    Da parte de o teu amigo que contigo trabalhou e que tewe sempre teve as mesmas ideias.
    Para melhor edentificaçao o sobrinho do SR.POÇAS
    DA UNICER.

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  2. Olá Jorge
    Desculpa, mas já não me lembrava de ti. Já lá vão para aí 20 anos ou mais! Fico contente por estas tuas palavras nesta minha humilde página da net e compreendo-as perfeitamente, por partilharmos as mesmas ideias e esperança de um dia vermos o nosso "Lethes River" salvo e puro como antigamente.
    Compreendo-te e sei bem o que é abeirarmos-nos do Leça e ter de tapar o nariz, enquanto uma lágrima marota escorre pela face.
    Desejo-te as maiores felicidades e continua com esse espírito de "Naturalista", defendendo o que é de todos nós, embora já não tão belo, mas ainda vivo!
    Aquele Abraço

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