Reviver a tradição da Matança do Porco
A freguesia de Mondim de Basto irá realizar no dia 18 de Fevereiro, uma matança do porco, como forma de reviver das tradições desta terra. Integrado no seu plano de actividades, a iniciativa irá simular os rituais tradicionais da matança do porco, servindo também para os mais novos, que não estão familiarizados com esta tradição, seguirem todos os passos da matança. Para os mais idosos, este evento constitui uma oportunidade de repetir gestos ancestrais, embora em algumas casas se faça ainda a matança do porco. Este evento proporcionará um recuo no tempo para recordar o dia de festa e azáfama, sempre que havia a matança do porco.
Nesta primeira iniciativa, trata-se de reconstituir uma tradição, não será pela manhãzinha e será um pouco mais tarde do habitual.O animal será atado por uma perna, enlaçado no focinho e colocado em cima do carro de bois, a grunhir, sem conseguir fugir à sorte que lhe esta destinada. Com a ajuda de outros homens, o matador irá simular com precisão, a grande facada no pescoço. Na matança real, quando o animal é morto, os guinchos do animal são essenciais para que o sangue saia todo e são sinal de que a espetada foi no sítio certo e não fica uma gota de sangue .O alguidar segue para a cozinha onde o sangue será cozido para daqui a pouco, ser levado como pitéu, juntamente com broa, o bacalhau, e vinho tinto.Depois de “extinto” faz-se uma pausa e é servido o mata-bicho (figos secos, aguardente, vinho do porto, bolos e café). Foi o dejejum (deixar de estar em jejum) daquele dia. Porém, a tarefa não esta terminada.
Nesta primeira iniciativa, trata-se de reconstituir uma tradição, não será pela manhãzinha e será um pouco mais tarde do habitual.O animal será atado por uma perna, enlaçado no focinho e colocado em cima do carro de bois, a grunhir, sem conseguir fugir à sorte que lhe esta destinada. Com a ajuda de outros homens, o matador irá simular com precisão, a grande facada no pescoço. Na matança real, quando o animal é morto, os guinchos do animal são essenciais para que o sangue saia todo e são sinal de que a espetada foi no sítio certo e não fica uma gota de sangue .O alguidar segue para a cozinha onde o sangue será cozido para daqui a pouco, ser levado como pitéu, juntamente com broa, o bacalhau, e vinho tinto.Depois de “extinto” faz-se uma pausa e é servido o mata-bicho (figos secos, aguardente, vinho do porto, bolos e café). Foi o dejejum (deixar de estar em jejum) daquele dia. Porém, a tarefa não esta terminada.
Prossegue o trabalho ali mesmo sobre o carro, o porco é chamuscado com a caruma do pinheiro em chama para lhe queimar o pêlo, começando a tarefa de lhe raspar a pele com telha de barro de canudo (meia cana), facas e outros objectos. Depois de bem queimado, retirados os cascos das patas e cortadas as orelhas, segue-se a lavagem da pele, até adquirir uma tonalidade castanha.Inicia-se uma nova fase com uma facada longitudinal no ventre do animal, retirando-lhe as miudezas e as tripas que são colocadas num tabuleiro de madeira. De seguida o porco é levado para o local onde o chambril, espécie de cruzeta de metal (antigamente era de pau de oliveira), cujas pontas são enfiadas entre os tendões dos pés, dependurando-se a carcaça de cabeça para baixo, para melhor escorrer. Em tempos idos, a carcaça ficava dependurada num lugar fresco a escoar até ao dia seguinte, quando seria desmanchada. A operação da desmancha requer muita experiência para não desperdiçar nenhum pedaço. Há que separar cada parte do porco: presunto, costeletas, os lombos e o “toucinho para as favas”, assim como a selecção da carne destinada aos enchidos. Desde tempos imemoriais que muitas famílias rurais criam porcos para consumo familiar. A dureza dos tempos assim obrigava para garantir a sobrevivência de famílias durante todo o ano. Ao longo de muitos séculos, a prática foi-se enraizando de forma acentuada nas famílias portuguesas, que actualmente a carne de porco propriamente dito, fazem parte da identidade nacional. Esta prática – matar o porco de forma tradicional, para alimentação familiar – vai muito mais além do simples acto de matar um animal para consumo caseiro, uma vez que deste acontecimento, a família e amigos reúnem-se num espírito de entreajuda e de festa na matança do porco, significa sempre o sentar a volta da mesa, num puro convívio social.
A Freguesia de Mondim de Basto vem convidar todos a participar neste grandioso convívio.
Continua…
Continua…
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