domingo, 21 de julho de 2013

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Provérbios para meditar...


O que ao próximo fizeres
É bem que doutrem o esperes.

Vejo os defeitos do amigo
Lamento, mas não maldigo.

Ao amigo molestar,
Nem a rir, nem a brincar.

O mal que a outrem molesta
Não o tomes por tua festa.

Faz bem, que nesse instante
A Deus ficas semelhante.

Boa fama até no escuro
O seu brilho tem seguro.

Leve o demónio arcas de ouro,
Boa fama é que é tesouro.

Cheguei um amigo a perder:
Que maior pena posso ter?

O que deveras queremos
Cedo ou tarde alcançaremos.

Ao bom pai cumpre adorá-lo,
Ao pai ruim suportá-lo.

As feridas da ternura
Quem as faz é que as cura.

Dá logo ao necessitado,
Que será favor dobrado.

(Recolha Literária: António Feliciano de Castilho)


Há tanta poesia no sorriso de uma criança
Como no brilho de uma estrela.

Quanto mais penso nos homens
Mais adoro a Deus!

As ações ruins
Não justificam outras ações ruins.

Não é virtuoso o que pode sê-lo:
É aquele que quer sê-lo.

Os que não amam vivem ao sabor de caprichos:
Velas sem rumo, asas sem penas.

Não há nada mais comovedor
Do que as surpresas e os desenganos das almas simples.

O riso é a espuma da alegria
E as lágrimas são a essência da dor.

É preferível louvar a condenar - mesmo quando se erra -
Um louvor imerecido causa menos dano
Do que uma afirmação injusta.

Quem se contenta com o que tem
Possui a maior virtude.

Os homens que confessam lealdade dos seus erros
E deles se arrependem, são homens bons.

A nossa dor pode avaliar-se
Pela alegria dos que nos querem mal.

Ofensa que se despreza
É tranquilidade que se conquista.

Na alma de todos nós
Há sempre um cantinho que não nos pertence:
O da compaixão pelos pobres:

(Recolha Literária: José de Miranda)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Três rifões - Em homenagem ao meu cunhado...

LUÍS MANUEL GUIMARÃES FERREIRA DA SILVA
(que acabou de falecer)



Manhã parda, manhã larga.
Sempre é longa a manhã triste...
Como também não existe
Vida curta, quando amarga.
Curtas são as alegrias,
E por isso, com razão,
observa estoutro rifão:
- Ano mau tem largos dias.

Coisa provada e sabida:
Passa o tempo lento ou breve,
Consoante é pesado ou leve
O fardo da nossa vida.
E a vida - é velha ensinança -
A quem não pesa, não cansa.

Poema de Alfredo Cunha


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Rio Leça navegável... em pleno Verão 2013


DIVULGAÇÃO de PROGRAMA

(Atividade da Junta de Freguesia de Milheirós - Maia)




Aquele Abraço

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Paixão pelos nossos rios - Ao Mondego



Ermos montes de mística rudeza,
Pedras do chão, cristalizados ais...
Outeiros ensombrados de pinhais,
No céu, ao longe, uma estrelinha acesa.

Que profundos silêncios outonais!
(Canta Camões, Frei Agostinho reza...)
Dormem nesta paisagem, que a tristeza,
Pintou com roxas tintas espectrais.

Ao fundo destes rústicos outeiros,
Campinas que esfumam, ao luar,
Verdes tons, nódoas brancas, nevoeiros...

Vê-se o rio Mondego a deslizar.
Lá vai, adormecido entre salgueiros,
Ser a onda mais branda que há no Mar.

Poema de Teixeira de Pascoaes