MENINA E MOÇA
Na solidão da tua casa antiga,
Bordando ou lendo um livro de orações,
Desconheces as grandes comoções,
Nesse viver de ingénua rapariga.
Vôo não há que o teu olhar não siga
- Asas pairando noutras regiões
Aonde as rezas são constelações
E a Fé um céu azul que tudo abriga...
Menina e moça, pura sem cuidados,
Que só os pobres julgas desgraçados
E passas pelo fôjo sem o ver;
Que Deus te leve pelos seus caminhos,
Que não deixe rasgar-se nos espinhos
A tua infinda graça de mulher.
Poema de Angelo César
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