Eu amo Portugal, porque tenho, como milhões, o sangue sofrível que me corre nas veias, inolvidável desterrado português;
Porque é portuguesa a terra onde estão sepultados aqueles admiráveis mortos, que lutaram e construíram esta Nação, cuja memória é sagrada para mim;
Porque a terra onde nasci, a língua que falo, os livros que me instruíram e educaram, ainda os irmãos,os companheiros, o grande Povo no meio do qual vivo, a natureza bela e admirável que em parte me cerca, e tudo aquilo, que enfim vejo, admiro e por vezes partilho, é Português!
Ainda assim, eu amo e gosto de Portugal, minha nação que não tem culpa de ser comandada desmesuradamente, com governos antinómicos e quase sempre a... desservir.
Como esta minha Pátria sofre com as desgraças humanas!
Eu amo Portugal porque ainda tenho coração, a sangrar, mas tenho!
Ainda tenho!
Neste outrora "dia da raça", a Raça Portuguesa, quero, para além de Camões, refletir igualmente nas palavras de Sidónio Pais:
«Eu não vivo no Portugal de hoje, vivo no Portugal de ontem para o Portugal de amanhã!»
LUSÍADAS - Canto I / VI
" E vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitana antiga Liberdade,
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena Christandade;
Vós, ó novo temor da Maura lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
Dada ao Mundo por Deus, que todo O mande,
Para do Mundo a Deus dar parte grande!"
( Não faltarão Cristãos atrevimentos nesta pequena casa lusitana! )
Luís Vaz de Camões
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